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  • Foto do escritorDIMAS BARBOSA ARAUJO

O homem alto e soturno subiu ao topo do prédio mais alto da cidade mais alta. Não olhou para baixo. Tampouco observou as nuvens diáfanas feitas de algodão que ora cobriam e ora mostravam a lua cheia num balé de sedução.

As luzes da cidade mais alta tremeluziam em inebriante frequência juntando-se ao barulho produzido por canos de descarga dos veículos que passavam em velocidade, ao som da música estridente ouvida não só pelo garoto baixo de boné virado para trás que carregava um aparelho maior do que ele mesmo, aos cheiros variados dos food trucks que disputavam cada milímetro de espaço no meio fio; nada, nada mesmo, em toda aquela diversidade material, ou etérea, chamava a atenção do homem alto e soturno, em seu casaco preto. Para ele tudo era indistinto e se somava, formando uma massa amorfa, distante e sem qualquer interesse.

Então, ele subiu no guarda-corpo à sua frente e atingiu a parte mais alta do prédio mais alto da cidade mais alta. Quase podia tocar as nuvens e na lua que teimavam em flertar pouco se lhes dando para quem não estava convidado para participar de sua dança particular e sensual; mas o homem alto, soturno, de terno preto e de chapéu igualmente preto nada disso percebia.

Pela primeira vez olhou para o solo longínquo. E se lançou como se fosse um míssil no vazio da existência. Os segundos que levaria para chegar ao chão seco que logo ficaria molhado de vermelho pareceram eternos . No meio do caminho entre aquele pedaço de céu e seu destino final, teve vontade de voltar, mas não era possível porque nem a física deixaria e, tampouco, era o que queria de verdade. Queria cair, simplesmente cair.

O homem alto, soturno, com seu casaco preto, com chapéu igualmente preto que agora se desprendera da cabeça e com suas luvas de um quase branco estranho e destoante, como num espasmo tão involuntário quanto libertador começou a gritar, a gritar, a gritar.

Enquanto gritava seu cérebro prestes a ter sua missão encerrada, cumpria sua última tarefa resgatando as lembranças de todos os gritos que dera antes desses; gritos de desespero, de dor, de solidão e de pedido de socorro, gritos que jamais foram ouvidos por quem quer que fosse. Talvez este último grito, pensou enquanto de seu corpo ainda pulsava a vida breve que ainda lhe restava, finalmente fosse ouvido.

O máximo que as pessoas ouviram foi um baque no asfalto seco e que agora não estava mais seco. E o máximo que perceberam foi o objeto não identificado que quase lhes caíra sobre as cabeças. Passado o susto inicial e rapidamente desfeito, continuaram seus caminhos rumo a suas casas, seus encontros, seus chopes com batatas fritas, seus motéis e seus bordéis.

E o homem que ninguém saberia que fora soturno, com um casado preto empapado de vermelho, sem chapéu sem luvas, sem sapatos, sem meias e agora sem rosto, nunca soube se seu último grito por ninguém .Não estranharia se tivesse visto que não fora.

Foi enterrado pelos funcionários prefeitura da cidade mais alta, entediados de tanto enterrar, na cova mais rasa do mundo mais raso de que jamais se ouviu falar.


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  • Foto do escritorDIMAS BARBOSA ARAUJO

 

Finalmente chegou o grande dia. O Bino vai se casar. Era o seu sonho. Quantos anos fazendo planos...Antes desse dia, todos os dias, os amigos e os ‘amigos’, estes últimos caçoando, perguntavam invariavelmente:

- E aí, Bino, e a noiva?

-Tem uma moça lá pros lados da Capoeira, é minha noiva.

- E é bonita?

- Não, sei, ainda não conheço. Mas diz que é.

No outro dia, mesma pergunta:

- E aí, Bino, e a noiva? - Fiquei noivo duma morena da Planura.

- E essa, é bonita?

- É, munto bonita, bonita mesmo!

- Nossa, que bom! É loira ou morena?

- Não sei não, nuca vi.

- E como é que você sabe que é bonita?

- Diz que é, uai - respondia como sempre.

- Mais e aqui? Cadê aquela noiva daqui do Frutal?

- Não é do Frutal, não; é do Prata.

E assim ia, dia após dia, ano após ano. Mas, agora chegou o grande dia, o Bino vai se casar. De onde era a noiva ninguém sabia, parece que era de Tuiutaba; ou talvez do Barreto do outro lado do Rio Grande; mas pouco ou nada importava.

De terno branco e chapéu de aba larga a esconder a calva cor de cobre, colorida pelo sol, com aquele meio sorriso nos lábios, está orgulhoso e feliz.

Tudo está pronto, nos mínimos detalhes, como planejado. Levou toda uma vida construindo tudo na cabeça

A noiva vai passar pela avenida formada pelas frondosas mangueiras da chácara do Neném Barbosa. As árvores já estarão enfeitadas, nos troncos e nos galhos, com laços de fita coloridos; os vagalumes estão a postos e prontos para iluminar a noite da festança que não tem hora para acabar.

O chão já está devida e impecavelmente barrido com a bassora de piaçava novinha, presente da Loja do Melinho, escolhido pessoalmente pela dona Sebastiana; ela e o marido são os padrinhos do noivo. Registre-se que quando se fala dona Sebastiana ninguém sabe quem é, mas quando explicam que se trata da dona Nenê do Melinho, os sorrisos de todos se iluminam.

Os padrinhos, também tinham dado presentes mais caros e bonitos aos noivos porque consideravam aquela ferramenta varredora muito chinfrim; mas o que fizera sucesso mesmo, pelo menos para o noivo, fora a bassora, o Bino adorou.

Bom votando ao casamento: os convidados começam a chegar de toda parte. De São Paulo vieram a Fia, o Altino, a Nenzinha (preocupadíssima com o penteado, seu maior pesadelo), junto com o marido Rivaldo que com seu bigodão grosso, enturmado que está, conversa animadamente com o Iú, com seu bigode fininho e com o Alaor com bigode nenhum. O Alaor, aliás, que veio direto de Curitiba, conta curiosidades sobre a Gilette, onde trabalha.

A Zilda, que mora em Frutal mesmo, na chácara da família, junto com o marido e com os filhos pequenos , está louca da vida porque algum sobrinho encapetado, despejou uma caneca cheia de terra no pote de água fresquinha que ela mantinha na pequena mesa que ficava na varandinha do quintal perto da porta da cozinha e ao lado do jirau. Uma indignidade.

O estresse da esposa fez com que o Iú saísse da rodinha de conversa para apaziguar os ânimos. Não é à toa que o nome dele é Jesus. Jesus dos Santos, ainda por cima. Mesmo sendo acalmada pelo marido exclama baixinho, entredentes: “Ai se eu te pego; ai se eu te pego...” prometia ela, ameaçadora. Tem gente que afirma, categoricamente: a expressão pioneira da Zilda foi plagiado por um cantor que ficou famoso fazendo sucesso pelo mundo inteiro. Será?

O Lucinho, como de hábito preparado para mais uma piada, neste caso quase uma pantomima, surgiu pela porta da sala, como sempre, fingindo tropeçar nos próprios pés, arrancando as mesmas gargalhadas de sempre, das mesmas pessoas de sempre.

E não parava de chegar gente. Afinal era um dia muito especial, o Bino vai se casar. O Gerominho e a Aparecida vieram do Mato Grosso que à época não era nem do Sul e nem do Norte. A Ione, o Didi, a Nanci, a Cleusa, o Miguel também rumaram de São Paulo para Frutal.

E olha... tem gente viajou até do Céu! A Maria , repleta de saudades chegou bem antes para dar tempo de ver e abraçar a todos. Ficou surpresa ao encontrar o Boa Noite Maria, um roceiro admirador que visitava os Barbosa, sempre à noite, começando os cumprimentos com um sonoro boa noite Maria; só bem depois, se seguiam os demais boas noites, não tão sonoros assim, para os demais da família. O Pedrinho que chegou com ela, nem deu bola para o tal do Boa Noite, afinal vivia com ela seu eterno romance nas nuvens.

Já o Antônio Benedito quase perde a festa, porque o trem até Barretos fora pontual, mas um pneu da jardineira, no caminho para Frutal resolveu estourar bem no meio do caminho; mas deu tudo certo. Se tivesse passado mais um minuto sequer, a companhia teria enfrentado um belo processo patrocinado pelo jovem advogado que ficou por conta com a demora do socorro... Quem o acalmou, na verdade, foi a Telma com toda paciência: ”Calma, o Bino vai se casar”, lembrou ela. Ele se tranquilizou instantaneamente. O Reinaldo e o Didi viajam juntos. Este com su calma franciscana nem se abalava e aquele, no fundo do ônibus, ria daquela situação toda. Trocado o pneu a adrenalina baixou e todos seguiram viagem felizes.

Num canto, o ‘Dinerso, junto com a Natalina observa à distância a conversa nostálgica da rodinha formada pelo Arturzinho, o Toninho e Eliana a Wilma e a Geodésia, rindo animadamente.

Enquanto isso, o Conceição, todo empolgado, conversa com o Silvio, o Altino, o Fiíco e com o outro Gerominho da família, o da Ione, sobre seu fanaticamente amado Santos e as proezas e mirabolâncias do insuperável Rei Pelé. Mas, a animação dura pouco porque a Doraci, com seu sotaque paranaense, a título qualquer saca o Jôsé (nunca chamou o marido pelo segundo nome, Conceição como o restante da família fazia). Ele foi, sob protestos. Mas foi.

Pouco depois que o Tintim chegou com o Assilo e o Paulinho, acompanhados pela Nadime e das duas Terezinhas, a dona da casa, a Altenízia, aparece, mas para dizer que a festa começará assim que a noiva chegar.

O Neném Barbosa trouxe até o seu radião de pilha que, de tão grande, era transportado com os braços erguidos acima da cabeça; estava ansioso para animar o povo ao som das duplas dos queipira e suas modas de viola. Só esperaria acabar a cerimônia que vai ser conduzida pelo Padre Donizete vindo com seus milagres diretamente de Tambaú.

Mas, numa circunstância rara, ficou muito brabo, mas brabo mesmo, porque um neto, o mesmo moleque que botou terra no pote de água da Zilda, não resistiu ao ver o avô com os braços levantados e cutucou o subaco do dono da casa. “Quêqué isso???? Ara, menino dos inferno! Bradou, colérico, enquanto fazia malabarismos para que o aparelho gigantesco não se espatifasse no chão.

De longe, a Cleusinha sorri discretamente; dizem as más línguas que, por dentro, gargalha; jamais saberemos.

Mas, tudo foi perdoado rapidamente. O importante era o casamento do Bino.

O Ceceu e a Maria Coberta até teriam ido, mas não acharam o caminho porque estavam perdidos em outra dimensão onde nada era delírio.

Chega todo mundo, até o doutor Garibaldi e a professora dona Isolina. Menos a noiva. “Cadê a noiva, gente? “Pergunta a Maria Helena já ficando preocupada. Para relaxar o noivo, alguém distrai o Bino:

- Bino, aonde vai ser a Lua de Mel?”

- Uai, vai ser no 'Beraba, sô. Comprei até uma bicicleta, a gente vai viajar de bicicleta. Comprei um relógio também que é pra não perder a hora.

- É? E quanto custou o relógio?

- O preço da bicicleta.

-E quanto você pagou na bicicleta?! – Perguntou o interlocutor desconcertado.

- O preço do relógio, uai.

Ficou por isso mesmo. O enigma permanece até hoje.

Enquanto a noiva não chega, as coisas de comer vão sendo colocadas na grande mesa de madeira da cozinha, tudo preparado no fogão de lenha. Sobre a toalha branca, travessas e travessas de pamonha, bolinhas de queijo para as crianças várias panelas de arroz com galinha, linguiça de porco matado na hora, doce de leite, doce de abóbora, quase tudo está ali.

Quase, porque a mesa só fica completa quando seis peões bem nutridos, engalanados com seus ternos de gabardine bege, as botinas e os chapéus novos adentram o recinto carregando aquela que promete ser a grande sensação: uma bela tromba de elefante recheada com farofa de tatu, iguaria gastronômica desejada pelo Bino desde criança.

Sim, porque o Bino foi criança um dia. Como foi parar nas casas dos irmãos Barbosa – o Neném, que matava formigas e o Melinho, comerciante tão bem-sucedido que tinha até uma ponte para chamar de sua, ninguém sabe ao certo. O que se sabe é que foi ficando por ali, ajudando na lida quotidiana e sendo amado por todos, sobretudo pelas crianças. Uma penca delas seus afilhados mercê do carinho das mães que, igualmente batizara e vira crescer.

O tempo passa, passa e passa. Já impaciente, como os demais, a Julieta, mulher do Lucinho, pergunta:

- Mas e a noiva Bino, cadê ela?

- Uai, tô esperando, sô!

- Ixa, Bino, acho que ela não vem mais, vaticinou a Maria Fontes e levantou aquela que na verdade é a grande dúvida:

- É verdade que noiva sempre atrasa. Mas essa... sei não... Alguns concordaram com a cabeça.

Mas quem não concorda é o Bino: - Vem sim, vem sim... vem...ve... Bino pisca longamente. O último fechar de olhos foi mais longo, acompanhado por um suspiro de expiração profunda.

Quando abriu os olhos, pouco depois daquela piscança inesperada percebeu, surpreso, que estava deitado num lugar indefinido, um ambiente todo branco, sem mais ninguém. Uai..., “mas cadê o meu casório? . Um verdadeiro mistério, “cadê todo mundo?”. Meio desorientado como era de se esperar numa situação esquisita como essa, olhou para todos os lados, mas quando fixou o olhar no teto, este estava iluminado por velas tremeluzentes; uma porção de anjinhos barrocos, desses de procissão. rodopiava batendo felizes suas asas. Um deles até tocava um instrumento que ele reconheceu, era uma harpia que aparecia na gravura que um dia lhe foi mostrada pela Zulmira.

Bino olhou então para um lado e viu um homem barbudo e cabeludo que ele sabia conhecer, achava que de retrato, achava que era um que tinha na sala da Lomica. Ou fora da Igreja? Agora, não se lembrava quem era e não entendia por que lhe sorria com tanta ternura dando-lhe uma sensação de paz como jamais tinha sentido.

O homem o ajudou a se levantar da cama. “Coitado”, pensou, o sujeito tinha uns machucados nas palmas das duas mãos e algumas cicatrizes enfileiradas na altura da testa. Conjecturou: “será que isso não dói? “Não, Bino, não dói mais. Aqui nada é dor”, respondeu ele, como se lesse sua mente. Bino ficou muito espantado. Até porque não se lembrava de ter dito seu nome. Mal sabia ele que o espanto maior ainda não dera as caras. Ainda.

De repente algo o fez olhar para o outro lado. E foi aí que a viu: lá estava ela, com um vestido de brancura jamais vista em todo o triângulo mineiro. A noiva tão esperada e querida chegara. Ela tirou o véu e ele pode ver uma luz brilhante, intensa que até atrapalhava ver direito o rosto; ela então o pegou pela mão, seu toque parecia a mais fina seda; ele se levantou como que flutuando, o teto se abriu e todos, a noiva, o Bino e os anjinhos voaram para o céu de lua cheia; enquanto isso o homem barbudo olhava debaixo acenando-lhes com as mãos feridas, parecia com aquela bênção que o padre dava ao final da missa de domingo.

Ao fundo uma moda de viola suave prenunciando festa. O Bino finalmente se casou. Estava em feliz e em paz. Tivera uma vida boa.



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  • Foto do escritorDIMAS BARBOSA ARAUJO

Naquela cidade elétrica, perdida no meio do tudo, a velha bruxa coroca tinha uma penca de não filhos que usava como pequenas galinhas de ovos de ouro. Não se sabia de onde vinham, se eram roubados, se eram doados ou se eram alugados, por pais miseráveis tanto de matéria quanto de espírito.

Os integrantes daquela trupe de pequeninos faz-de-tudo lavava carros nos faróis, pediam dinheiro e davam tudo para a velha bruxa coroca. Para não morrer de fome, pediam comida que era racionada, adivinhem por quem.

Com aquele menino tão pequeno não seria diferente, por que seria? Como precisava aprender desde cedo as normas da casa, e para não esquecer de quem é que mandava, surrava-o muitas vezes por dia, pelo simples motivo de que era ela quem mandava.

Seu destino estava traçado a fogo: cresceria um pouco, lavaria vidros de carros nos faróis das esquinas mais perdidas da cidade perdida; cresceria mais, passaria a ser assaltante; ficaria adulto, venderia drogas e acabaria numa vala qualquer morto pela polícia, não sem antes levar consigo alguns policiais, pais de família que cumpriam o seu dever.

Mas a velha bruxa coroca não ligava. Quando morria um, ela já havia preparado vários. Tudo se passava como num moto contínuo perverso, a vida, dela, prosseguia. Simples assim.

Só que o destino do menino pequenininho que em meio a dores, tapas e choros ainda achava espaço para sorrir, não estava escrito a fogo, mas sim pelo brilho das estrelas.

Um dia a velha bruxa coroca amanheceu nos cascos. Antes de dar bom dia (modo de dizer, é claro), só para relaxar um pouco, encheu de pancadas o menino pequenino triste e sorridente. Talvez fosse isso, ele estava sorrindo e isso era inadmissível. Ou talvez porque fosse apenas divertido.

Bateu e bateu; machucou e machucou. Satisfeita como se tivesse tido um múltiplo orgasmo, enviou o garotinho para a escola. Sim, ele ia à escola porque ali, ela imaginava, existiam futuros clientes potenciais para os produtos que comercializava para completar o orçamento; sabe como é, planejamento mercadológico feito a longo prazo.

Foi aí que a mágica aconteceu. Ao adentrar pelo portão, o tempo parou. Tudo à sua volta congelou, ninguém viu o que aconteceu. E o menino pequenino, machucado, humilhado e, entre uma lágrima e um soluço, abriu seu sorriso tão fácil quanto cheio de pureza, ao ver duas luzes, muito brilhante que ele não sabia de onde vinha, mas sabia que eram boas.

Nosso pequeno herói foi arrebatado e levado para uma outra dimensão, diametralmente oposta à da cidade perdida no tudo; lá havia ar, luz, carinho, doces, cavalos, brinquedos, afeto. Ele pode reconhecer levemente naquelas duas luzes tão brilhantes e tão suaves, a família que mesmo sem saber, já tivera um dia.

E foi feliz. Feliz Para sempre.

Ah, a velha bruxa coroca? Fugiu e sumiu, ninguém mais soube nem viu. Mas na verdade, ao chegar ao seu destino encontrou-se com o homem com corpo de fogo, de olhos relampejantes que no meio daquele calor insuportável, virou-se para ela e com um sorriso sarcástico, simplesmente disse: seja bem-vinda!

E ela ficou ali. Para sempre.

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